quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A secretaria da Educação de São Paulo e a adoção do Livro dos melhores Cem contos brasileiros do séculos

A secretaria da Educação do Estado de São Paulo deveria tomar mais cuidado em fornecer uma obra para os alunos. Ao fornecer o excelente livro dos melhores Cem contos do Século, de Autores consagrados da Literatura, deixou escapar por descuido ou, que nesta obra existe um conto do Ignácio de Loyola Brandão, com o titulo Obscenidades para uma dona de casa, que não seria aconselhável para os adolescentes da rede publica ou de qualquer Escola secundaria. Onde existem vários termos Chulos que os pais não gostariam que os professores tratassem em salas de aulas com seus filhos. Colocando em risco o conjunto da obra para ser analisando no espaço escolar, que volto a afirmar que a obra como todo é de excelente qualidade, e que todos os professores da área ou não de português e Literatura precisa ter em sua biblioteca. Quero deixar aqui claro que não é uma questão de moralismo, e sim de respeito aos alunos e pais que não concordam com esses termos no espaço escolar

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano






O livro "Pedro e os Lobos – Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano", do jornalista João Roberto Laque, narra a vida de Pedro Lobo de Oliveira ao mesmo tempo em que discorre sobre as ações armadas, as prisões, as torturas e as nuances políticas que marcaram o regime militar instalado no Brasil a partir de 1964. Ex-integrante da Polícia Militar, o então sargento Lobo foi expulso da corporação por força do AI-5, em maio de 1964, e foi um dos fundadores da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Redação - Carta Maior

Está chegando às livrarias de todo o país o livro Pedro e os Lobos – Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano. Em suas 640 páginas, o jornalista João Roberto Laque narra a vida de Pedro Lobo de Oliveira ao mesmo tempo em que discorre sobre as ações armadas, as prisões, as torturas e as nuances políticas que marcaram o regime militar instalado no Brasil a partir de 1964.

A história do Pedro impressiona. De bóia fria ele passou a servente de pedreiro e metalúrgico até ingressar na Força Pública, hoje Polícia Militar. Expulso da corporação por força do AI-5 em maio de 64, o então sargento Lobo foi um dos fundadores da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e se tornou um dos mais ativos guerrilheiros urbanos da época.

Preso no início de 69, Pedro é torturado e banido do país durante o sequestro do embaixador alemão. Depois de passar por Argélia, Cuba, Chile e Argentina, o personagem central de Pedro e os Lobos se instala na Alemanha Oriental. Com a anistia, ele volta ao Brasil onde é reintegrado aos quadros da Polícia Militar. Hoje um pacato capitão PM aposentado, Pedro vive em São José dos Campos, em São Paulo.

João Roberto passou os últimos sete anos mergulhado no projeto desta obra que foi lançada em dezembro de 2009 no prédio do antigo Dops de São Paulo, que hoje abriga o Memorial da Resistência da Pinacoteca do Estado. Ele explica os objetivos dessa obra que ultrapassa os limites de uma biografia tradicional.

“Através da trajetória de vida do Pedro, procurei traçar, numa linguagem simples, o perfil dos conflitos políticos e sociais que marcaram o governo Jânio/Jango e as agruras da ditadura implantada pelos militares”.

As 157 primeiras páginas da obra estão disponíveis neste endereço do Google Livros.

A compra on-line do livro pode ser feita pela internet no site www.pedroeoslobos.com ou pelo e-mail: vendas(arroba)pedroeoslobos.com.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Prefeitura decreta situação de emergência em Espera Feliz devido rompimento de mineroduto



27/07/10 - 08h28m - Atualizado em 29/07/10 - 17h31m

Técnico encontra peixes mortos (Foto: O Tempo)
Técnico encontra peixes mortos (Foto: O Tempo)
A Prefeitura de Espera Feliz decretou situação de emergência por causa do vazamento de um mineroduto no rio São Sebastião, que abastece a cidade. O rompimento aconteceu no domingo (25) por volta de 01h a 10km do Centro. A empresa responsável descartou qualquer risco de contaminação da água, mas alguns peixes foram encontrados mortos.
Máquinas trabalham sem parar para tentar achar o ponto exato do vazamento. O mineroduto se rompeu na parte que passa debaixo do rio São Sebastião, responsável por 70% do abastecimento de água de Espera Feliz. Perto do local do acidente a água já voltou à cor natural, esverdeada.
A empresa Samarco Minerações, proprietária do mineroduto, desviou o curso do rio para evitar novos vazamentos, mas poucos quilômetros adiante o rio está marrom-avermelhado, onde peixes apareceram mortos.
O mineroduto dois da Samarco sai de Ouro Preto, na região central de Minas Gerais e percorre 398 quilômetros até chegar a Anchieta, na localidade de Ubu, no Espírito Santo. A tubulação tem 40 centímetros de diâmetro e transporta uma polpa formada por minério de ferro em pó, água, amido e cálcio. Os tubos vão ser usados para reparar a parte danificada. Segundo o gerente de mineroduto da Semarco, Carlos Amorin, a polpa do minério não é tóxica, mas a Prefeitura de Espera Feliz decidiu decretar situação de emergência.
No domingo (25), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) cortou o fornecimento para os moradores, mas isto não teria chegado a provocar desabastecimento porque a quantidade armazenada seria suficiente.
Técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) chegaram ao final da tarde desta segunda-feira a Espera Feliz para avaliar a situação. Já a assessoria da Copasa informou que está fazendo diversas análises na qualidade da água para voltar a fazer a captação no manancial. Apesar de não ter ocorrido desabastecimento, a companhia pede à população para economizar água, até a normalização dos serviços na cidade.


Autor: Jornal de Muriaé
Fonte: Jornal de Muriaé

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Índia pode ser 'nova China' para América Latina, diz estudo



Alessandra Corrêa

Da BBC Brasil em Washington
Homem passa com riquixá por caminhões em direção ao porto de Chennai, na Índia

Exportações indianas para a América Latina ainda são baixas

Com crescimento variando entre 6,5% e 8% na última década e uma população de mais de 1 bilhão de habitantes, a Índia tem potencial para ocupar um papel até agora reservado à China nas economias da América Latina e do Caribe, diz um estudo elaborado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Assim como a emergência da China transformou as economias latino-americanas, abrindo um grande mercado para exportação, principalmente de produtos básicos, o avanço do novo gigante asiático poderá ter um impacto igualmente profundo, tanto no comércio quanto em investimentos em bens e serviços, diz o autor do estudo, Maurício Mesquita Moreira, economista do setor de Comércio e Integração do BID.

"A Índia não tem como atender a sua demanda com produção interna", diz Moreira. "A América Latina tem os recursos naturais de que a Índia precisa para crescer e prosperar."

Segundo o economista, do mesmo modo como ocorreu com a China, essa abundância de oferta na América Latina, aliada à crescente demanda indiana, seria mais do que suficiente para impulsionar uma grande ampliação no comércio bilateral.

"A Índia será forçada (a ampliar o comércio bilateral), assim como a China foi. No caso com a China, (se deu) não porque fizemos muito esforço, mas porque eles precisavam (de matéria-prima)", afirma.

Evolução

No entanto, diferentemente da relação com a China, a parceria entre a América Latina e a Índia ainda não se concretizou e enfrenta problemas.

Até 1999, o volume de comércio da América Latina com a China e com a Índia era semelhante e, em ambos os casos, pouco significativo. A partir de 2000, porém, o comércio bilateral com a China explodiu, enquanto as trocas com a Índia não evoluíram.

Dados reunidos no estudo do BID revelam que, em 2007, a China respondia por uma fatia de 6,3% do comércio total da América Latina, enquanto a Índia representava apenas 0,6%.

"O comércio com a Índia continua sendo medíocre", diz Moreira. "Já houve alguma evolução. O Ibas (grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul) é um avanço importante. O acordo com o Mercosul já é um passo. Mas ainda não é o suficiente."

De acordo com o economista, a não ser que incluam um número maior de países e de produtos, esses acordos não são suficientes para resolver a questão.

Segundo o relatório, um crescimento de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) da China gera aumento de 2,4% nas exportações latino-americanas. Em relação à Índia, 1% de avanço no PIB representa crescimento de 1,3% nas vendas externas da América Latina.

Tarifas

Moreira diz que as tarifas impostas sobre exportações latino-americanas para a Índia, especialmente na área agrícola, ainda são "quase proibitivas". As tarifas sobre exportações indianas para a América Latina também são altas.

Além disso, o comércio bilateral enfrenta ainda barreiras não-tarifárias e altos custos de transporte.

Segundo o economista, apesar das frequentes declarações de comprometimento com comércio bilateral e integração, os governos dos dois lados ainda não agiram para resolver os obstáculos mais graves.

"O potencial seria muito maior se tanto a América Latina quanto a Índia levassem mais a sério a discussão de problemas, tivessem uma posição mais pró-ativa", diz Moreira.

Um aumento no comércio bilateral, afirma o economista, levaria ao fortalecimento de um "círculo virtuoso", com mais incentivos para cooperação entre duas regiões com renda per capita e padrões de produção semelhantes e, portanto, amplas possibilidades de troca de conhecimentos e de atuação conjunta em questões regulatórias globais.

Além das oportunidades no comércio, há um grande potencial na área de investimentos, diz Moreira. O estudo cita como exemplos desse potencial alguns investimentos feitos pelo Brasil na Índia, como as joint-ventures entre a Petrobras e a indiana ONGC, para exploração de gás, e entre a Marcopolo e a Tata Motors, para a fabricação de ônibus.

Brasil

O Brasil é o maior parceiro da Índia na América Latina e, segundo Moreira, a cooperação bilateral serve de exemplo para o resto da região.

De 1990 a 2008, Brasil e Índia assinaram 23 acordos e memorandos de entendimento em várias áreas.

O economista afirma que os memorandos de entendimento, apesar de serem versáteis e geralmente não necessitarem de aprovação pelo Congresso, muitas vezes não trazem objetivos claros e obrigatórios, como fontes de financiamento, o que pode levar a anos de atraso em sua implementação ou até mesmo à não-implementação.

"Essas experiências sugerem que a cooperação bilateral seria beneficiada por um cenário institucional mais forte", diz o relatório.

Outro problema, de acordo com Moreira, é a falta de dados precisos para medir objetivamente o impacto desses acordos bilaterais.

O economista menciona ainda o fato de a parceria "Sul-Sul" entre Brasil e Índia ser pragmática e que, apesar de os dois países terem estado do mesmo lado em várias questões políticas e econômicas mundiais, também há grandes divergências.

O estudo afirma que esse tipo de parceria, em que os países evitam se comprometer com colaboração baseada em ideologia e optam pela busca de resultados, "parece ser o melhor caminho para aproveitar as melhores oportunidades e maximizar os benefícios da cooperação entre a América Latina e a Índia".

Competição

Ao mesmo tempo que representa uma imensa oportunidade de comércio e investimentos, porém, a emergência da Índia também traz desafios à América Latina, especialmente no que se refere à exportação de manufaturados.

Segundo o relatório do BID, os governos latino-americanos devem prever um cenário em que a Índia venha a se tornar, assim como ocorreu com a China, um importante exportador de manufaturados, aumentando as dificuldades dos países da região em competir nesse setor.

De acordo com o estudo, isso só aumenta a urgência de implementar uma agenda para resolver as deficiências da América Latina em termos de educação, acesso a crédito, investimentos em ciência e tecnologia e infra-estrutura.

http://professoraltairdopsol.blogspot.com